É, ultimamente o mundo anda cada vez mais atrás da cultura japonesa, e quem conduz o carro de frente são os animes e mangás, que em sua maioria mostram muitos aspectos da cultura nipônica(além da língua). Até mesmo os tradicionais gibis de super-heróis têm cada vez mais adotado elementos de mangá, como a dinâmica e a narrativa; até aqui no Brasil, a Turma da Mônica já ganhou uma versão mangá! Bom, a questão é que este terreno já vinha sendo preparado há décadas pelos japas, e a prova disso é a imensa quantidade de jogos baseados nos mangás e animes que foram(e continuam sendo) lançados e, mais tarde, exportados(ainda que sem tradução) como meio de divulgação da cultura Otaku. Fazendo uma chave na série dos jogos desconhecidos, vou postar aqui os jogos que, além de nunca terem tido uma tradução(e por isso são quase desconhecidos) foram baseados nos animes e mangás(e que boa parte deles eu conheci antes mesmo dos Emuladores), muitos destes, aliás, que também nunca chegaram ao Brasil.
Dragon Ball Z Super Butouden 2(Snes)
A quantidade de jogos de Dragon Ball é proporcional ao número de episódios do anime. E mesmo hoje em dia são lançados mais e mais novos jogos para a franquia, como a bem recebida série Budokai(pra Playstation 2) e Legacy of Goku(pra GBA)! Só a série Super Butouden teve três jogos, ainda no Super Nintendo, além de uma versão para Mega Drive. O segundo jogo(que eu comprei na Venezuela de uma locadora falida, anos antes de Dragon Ball Z chegar no Brasil) é o primeiro que permite jogar com os super-saiyajins; a história se passa durante a saga do Cell e também mostra dois dos filmes da série(o primeiro Super Butouden se passa na saga do Freeza e o terceiro na saga do Majin Buu) e no modo story só é possível escolher entre quatro personagens(Gohan, Vegeta, Trunks e Picollo), mas no modo Versus é possível escolher entre oito personagens, além de dois secretos(Goku e Brolly). Jogo bem difícil, com muitos níveis de dificuldade, opções, golpes e músicas bem trabalhadas. Nada como lançar um Kame-Hame-Ha!
Natsuki Crisis Battle(Snes)
Quem vê meu perfil no Orkut deve se perguntar: "De que raio de mangá é esse desenho do avatar?" A resposta é Natsuki Crisis, o mangá que eu mais lamento nunca ter sido traduzido(e ainda sonho que um dia chegue ao Brasil). Lançado no auge da série Street Fighter, este jogo acabou sendo um sucesso no Japão, não só graças ao sucesso do mangá, mas por trazer certos elementos que o diferenciam do Street Fighter(como os cenários bem desenhados, a interatividade e alguns lutadores que usam estilos de chão, coisa inexistente nos games de luta da época). Uma grande pena ele nunca ter ganhado uma versão americana, dos jogos de luta é um dos meus preferidos.
Hamelin no Violin Hiki(Snes)
Este foi um dos poucos desta lista que achei uma tradução BOA, e ainda por cima pro Português! O jogo é inspirado no mangá de Hamelin no Violin Hiki(O Violinista de Hamelin), lançado muito tempo atrás lá na terra do sushi. Inspirado nas fábulas antigas(aliás, o próprio mangá tem um jeitão de conto de fada), em que os heróis usam instrumentos musicais pra fazerem magias. Neste jogo, o jogador controla o Hamel, herói da história, mas o destaque vai mesmo pra sua parceira, a menina Flute, que o segue pra cima e pra baixo(que nem o Tails em Sonic 2); enquanto Hamel pode lançar ataques e magias com seu violino(algumas com comandos parecidos com os golpes dos jogos de luta), Flute usa roupas que a transformam em um monte de animais e objetos(que servem como armas, veículos ou mesmo plataformas). Teve também um anime, mas com a história ligeiramente diferente, e que não foi muito bem animado(apesar de terem caprichado na trilha sonora; natural, já que o cara que faz o celo do Hamel é ninguém menos que Yuji Ueda!). Dá pra ver pelo Youtube, quem tiver curiosidade: http://www.youtube.com/watch?v=KTy8SgaA4Vs
GS Mikami(Snes)
A série Ghost Sweeper Mikami(Mikami Caça-Fantasma, mais ou menos) é quase como se fosse uma versão japonesa de Os Caça-Fantasmas(inclusive com o mesmo toque de humor, mas mais sombrio), e é muito querida em alguns países que falam Espanhol(mais ou menos quanto Sailor Moon é aqui no Brasil, com a vantagem de não ser um anime "pra meninas"). No papel da bela e gananciosa caçadora de fantasmas, o jogador precisa recolher alguns itens que completam uma estátua que aprisiona um espírito(que por sinal é o chefe final); estes itens estão na posse de espíritos malignos poderosos(os chefes de fase). A jogabilidade de GS Mikami lembra bastante o jogo Valis de Mega Drivel. A única tristeza é que a maior parte do humor acaba se perdendo, na falta de uma tradução.
Hiper Iria(Snes)
Tá, este jogo é bem complicado de jogar pra quem não entende japonês... mas assim que se aprende a jogar fica muito agradável. Baseado no filme de animação Iria: The Zeiran, a mercenária Iria deseja ser uma caçadora de recompensas tão boa quanto o irmão. Existem diversas missões que podem ser escolhidas à vontade(como as fases de Megaman) e uma infinidade de armas(que precisam ser compradas com o dinheiro das missões). Novamente, na falta de tradução, acaba ficando bem complicado entender os objetivos de cada missão(por sorte os continues são infinitos). Entre uma missão e outra existe uma mini-fase de nave, em que se controla Iria num "planador que vira asa-delta", para recolher itens e algumas armas como bombas... ou só pra perder energia e tornar as missões ainda mais difíceis.
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